terça-feira, 30 de outubro de 2007

As notícias de hoje, 30/10, são:

As notícias de hoje, 30/10, são:

Notícia - Rodobens e Santander:
- Registro - Rodobens e Santander

Notícias - Mercado de Crédito Imobiliário:
- A casa própria que cabe no orçamento

- Candidato à casa própria vive fase excelente

Notícia - Captação de recursos de poupança:
- Poupança amplia incentivo



Notícia - Rodobens e Santander:
Registro - Rodobens e Santander
30 de Outubro de 2007 - A Rodobens Negócios Imobiliários e o Banco Santander firmaram parceria para crédito imobiliário de 30 anos e juros 9% ao mês (+ TR) aos compradores de imóveis de até R$150 mil. O financiamento de 30 anos também será oferecido para imóveis acima de R$ 150 mil a juros de 10,45% ao mês (+TR) e, neste caso, valerá para financiar até 80% do valor total do imóvel.



Notícias - Mercado de Crédito Imobiliário:

A casa própria que cabe no orçamento

Patricia Knebel - Bastaram algumas medidas para que o setor da construção civil - que vinha se arrastando nos últimos anos - ganhasse um novo fôlego. Responsável por uma parte significativa da geração de empregos do País, o segmento vive o maior aumento da oferta de imóveis dos últimos 20 anos.
Os impulsionadores dessa nova realidade não são poucos: maior disponibilização de crédito no mercado, aumento da renda do trabalhador e dos prazos nos financiamentos pelas instituições financeiras, além de novos investimentos feitos pelas incorporadoras. O governo federal também está liberando mais recursos para as áreas de saneamento e habitação, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O presidente da Câmara Brasileira da Construção Civil (CBIC), Paulo Safady Simão, destaca que esse setor é estratégico para o desenvolvimento de qualquer país, especialmente para as economias emergentes como a brasileira. Só isso já deveria ser motivo para comemoração. "Além de ser intensivo em mão-de-obra, gera renda, tributos e uma grande movimentação macroeconômica", aponta. A construção civil, isoladamente, responde por 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB) total do País e 17,6% do PIB total da indústria.
Com incorporadores, agentes financiadores e compradores mais confiantes, a ordem é partir para novos projetos. "O setor imobiliário é um mercado de oportunidade e o momento é positivo. As empresas precisam agora tornarem-se mais competitivas", sugere o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Carlos Alberto Aita.
Um outro movimento contribui para o aumento da oferta. Estimuladas pelas mudanças no cenário econômico, incorporadoras do centro do País estão abrindo capital na bolsa de valores. O resultado disso é que existe cerca de R$ 14 milhões em dinheiro novo no mercado imobiliário, que antes contava apenas com as verbas do governo federal e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). "São recursos que dão uma dinâmica diferenciada e inauguram um ciclo virtuoso para a construção civil", observa Aita.
Cerca de 20 empresas brasileiras abriram capital nos últimos anos, captaram os recursos e passaram a investir em terrenos. Para atender melhor aos mercados regionais, essas mesmas companhias aceleram a formação de parcerias com construtoras e incorporadoras locais, como aconteceu no Rio Grande do Sul nos últimos anos. Ao nacionalizar as suas operações, essas incorporadoras precisaram buscar agentes para agilizar a realização dos novos empreendimentos. O resultado é que, de acordo com o Sinduscon-RS, a velocidade de vendas, que no ano passado era de 3,5 em Porto Alegre, passou para 9. E esse índice acompanha o que vem acontecendo em todo Brasil.
A verdade é que o mercado financeiro está em alvoroço. No ano passado, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), foram financiados no Brasil 113 mil imóveis. Até agosto desse ano, o número já era de 117 mil e a expectativa é chegar em dezembro com 180 mil. O volume movimentado deve ultrapassar os R$ 16 bilhões.

ABMM destaca riscos nos financiamentos
Oferecer maior flexibilidade de adaptação ao salário da população é o desafio que o Brasil tem a enfrentar quando o assunto é o financiamento da casa própria. Apesar de, nos últimos anos, as instituições financeiras terem conquistado o direito a ofertar uma pluralidade de produtos, questões que antes eram contempladas pelo extinto Banco Nacional da Habitação (BNH) nunca mais foram recuperadas. Entre elas está o princípio da equivalência salarial. "Seria importante que os financiamentos se adaptassem à renda das pessoas. Como isso não acontece, estamos criando uma legião de inadimplentes" afirma o economista e advogado da Associação Brasileira dos Moradores e Mutuários (ABMM), Heráclito de Freitas Valle Corrêa. Nesse caso, é importante que os consumidores analisem com cuidado as opções, e levem sempre em consideração a dinâmica do mercado e os riscos de uma eventual perda de renda.
O Banco Nacional da Habitação, criado em 1964, não operava diretamente com o público. A sua função básica era realizar operações de crédito e gerir o FGTS através dos bancos privados e públicos e de companhias habitacionais, de água e esgoto. A sua extinção, na década de 1980, repassou as suas atribuições para a Caixa Econômica Federal, Banco Central e Conselho Monetário.

Iniciativas para atender a demandas crescem
Também têm apresentado crescimento as iniciativas para atender a essa demanda diferenciada. O Santander está financiando a casa própria em até 30 anos, o maior prazo oferecido entre os bancos privados. As condições prevêem uma taxa de 9% ao ano para imóveis com valor de até R$ 120 mil. O Grupo Santander já concede crédito imobiliário com prazos longos em outros países nos quais atua e, com o cenário econômico favorável, resolveu trazer essa experiência para o mercado local. "Estamos tentando adequar o pagamento das prestações ao bolso do consumidor brasileiro", afirma o superintendente-adjunto imobiliário da instituição, Fernando Baumeier. Até alguns anos atrás, os prazos dados pelo mercado de uma forma geral eram de, no máximo, dez anos.
O Banco Fibra decidiu criar o TotalCasa, braço de crédito da instituição voltado exclusivamente ao setor imobiliário. Inicialmente, estão sendo ofertados sete produtos: residencial, comercial, lazer, construção e reforma, terreno, solução (com alienação fiduciária como garantia) e casa 110%, com financiamento de até 100% do segundo imóvel e de mais 10% dos gastos com decoração ou reforma.
A idéia é que a liberação do crédito seja em dez dias úteis, já que a emissão dos documentos será feita pela internet. As despesas com Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e registro da escritura do imóvel podem entrar no financiamento. O TotalCasa Residencial arca com até 80% do valor de imóveis que custam a partir de R$ 40 mil. Os prazos de pagamento variam de três a 25 anos, e o valor máximo do empréstimo é de R$ 500 mil. O público-alvo são famílias com renda mensal acima de R$ 2 mil.
Essa oferta ilustra ainda mais um fenômeno típico desse momento do segmento de imóveis do País, que é justamente a aplicação de recursos em praticamente todas as classes sociais, não ficando mais restritos para as elites e faixas médias. O crescimento da carteira de Varejo do Fibra, que totalizou R$ 415,3 milhões ao final do primeiro semestre de 2007, volume 137,9% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, impulsionou o novo investimento.
O Banrisul também está oferecendo maiores facilidades para o financiamento de imóveis. Os clientes da instituição terão acesso a taxas pré-fixadas, definidas na contratação da operação. O percentual de financiamento foi ampliado para até 100% do valor da residência para os funcionários públicos estaduais e municipais que possuem convênio consignado com o banco. A taxa de juros é a partir de 8% ao ano mais TR. A expectativa é que estas condições tragam um incremento na carteira de crédito imobiliário. Em 2007, já foram financiados pela instituição 1.528 imóveis num montante de R$ 115,9 milhões.

Aumento da renda estimula aquisição de patrimônio
Junto com uma maior oferta de crédito e a queda na taxa de juros, a melhoria na renda do trabalhador brasileiro tem sido um estímulo a mais para a retomada da construção civil no País. Dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Região Metropolitana de Porto Alegre apontam que a massa de rendimentos - multiplicação do número de pessoas ocupadas pela renda média delas - teve uma elevação de 10,7% nos últimos 12 meses, com dados de julho. "Se aumenta a renda, melhoram as condições das pessoas fazerem reformas e melhorarem a sua moradia", afirma o economista do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese-RS) e coordenador da PED, Eduardo Miguel Schneider.
A PED da Região Metropolitana de Porto Alegre aponta que, nos 24 municípios pesquisados, o setor de construção civil foi o que mais cresceu em volume de postos de trabalho no primeiro semestre desse ano, na comparação com o mesmo período de 2006. A variação foi de 7,7%, passando de 78 mil para 84 mil ocupados. Agora, em outubro, esse número já deve superar os 87 mil. Só nos últimos 12 meses foram gerados 8 mil vagas na construção civil na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O diretor-regional da Rossi Residencial S.A, Gustavo Kosnitzer, confirma que o aumento da velocidade de vendas de imóveis, principalmente junto a um público que até alguns anos não tinha renda para adquirir imóveis, está trazendo novos negócios para o setor. "O alongamento nos prazos dos financiamentos e a queda dos juros estão contribuindo muito para essa expansão", relata.
A Rossi está sediada em São Paulo e, há nove anos, possui uma unidade no Rio Grande do Sul. Além disso, também tem parceria com construtoras locais, para projetos específicos. A empresa marca presença entre as três maiores do segmento no País. Atualmente, são oito canteiros de obras em Porto Alegre. Um deles fica no bairro Humaitá para o qual, em parceria com uma instituição financeira, são oferecidos juros de 9% e prazo de pagamento de 300 meses sem comprovação de renda. A faixa de público atingido é o com renda entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.
Até pouco tempo atrás, os juros eram de aproximadamente 12% e um menor prazo para pagar. "Essas condições aliadas fazem com que a prestação caia pela metade e a casa própria, então, caiba no bolso de um maior número de pessoas", observa Kosnitzer. Com isso, os novos empreendimentos começam a atrair uma fatia maior da população, que, nessas condições, vê chances de investir em um imóvel próprio.
O diretor da Cia Lançamentos Imobiliários, Jorge Franca, destaca que, mesmo no caso dos projetos de médio e alto padrão, os prazos alongados de financiamento ajudam a estimular as vendas. A empresa faz a comercialização dos imóveis da AlphaVille. "Esse momento é muito positivo já que a maior oferta de crédito ajuda a lubrificar a máquina das vendas", explica Franca. De acordo com ele, isso acontece também na medida em que o perfil de clientes da empresa, mesmo que opte nesse momento por um imóvel mais sofisticado, geralmente precisa vender os seus atuais para adquirir novos.
A empresa possui dois projetos no Rio Grande do Sul, o AlphaVille Gravataí - para faixas de renda entre R$ 15 mil e R$ 20 mil - e AlphaVille Gramado. No primeiro semestre de 2008 deve ser lançado um em Caxias do Sul e, ainda, outro na Zona Sul de Porto Alegre.
Jornal do Comércio - RS, Pág Notícias






Candidato à casa própria vive fase excelente
Correio do Povo - RS, Pág Economia

Flavia Bemfica - O momento é excelente para a compra de imóvel, pelo menos no que diz respeito à oferta de crédito. O aquecimento do mercado, cuja retomada começou há cinco anos, é unanimidade entre representantes das instituições financeiras, que a cada dia lançam modalidades de financiamento, com o objetivo de atrair novas faixas de consumidores. A expansão ficou evidente há duas semanas, quando a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) divulgou números recordes registrados em setembro.
No mês passado, o volume de operações contratado pelos agentes financeiros do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) - que operam somente com recursos das cadernetas de poupança - atingiu R$ 1,85 bilhão,um crescimento de 136,89% em relação a setembro de 2006.No acumulado dos primeiros nove meses do ano, os financiamentos totalizaram R$ 12,18 bilhões, ou 81% a mais do que no mesmo período de2006. Em relação ao número de unidades, em setembro foram financiados 18.170 imóveis (106% a mais do que em setembro do último ano) e, no acumulado de 2007, 135.363 unidades (um crescimento de 64,99%). A captação líquida de recursos via poupança também foi recorde: os depósitos superaram os saques em mais de R$ 3,42 bilhões.
'Esperamos em outubro no mínimo repetir o R$ 1,85 bilhão de setembro. Se não houver qualquer crescimento no último trimestre em relação ao terceiro, o que é quase impossível, vamos fechar 2007com R$ 17 bilhões destinados a financiamentos, o que é, de fato, muito dinheiro', destaca o superintendente técnico da Abecip,José Pereira Gonçalves. Segundo ele, o bom momento se deve a uma conjunção de fatores que inclui estabilidade econômica e redução das taxas de juros, além da normatização da legislação para o setor, que fez com que as instituições financeiras flexibilizassem as condições de oferta.
'Não há um perfil consolidado dos consumidores que estão comprando seus imóveis,mas sabemos que os bancos emprestam cada vez mais para pessoas com menos renda', sentencia Gonçalves. Hoje, é possível contratar um financiamento para até 85% do valor do imóvel, acessar taxas de 8% ou 9% ao ano ou prazo de pagamento de até 30 anos. Para consumidores mais tradicionais, há bancos que oferecem taxas pré-fixadas,com prestações fixas por todo o período do financiamento.'Os bons números tendem a se manter porque o crédito imobiliário ainda vai crescer muito', projeta o presidente do Banrisul, Fernando Lemos.O banco, que possui o maior número de correntistas do Estado (3milhões), lançou novas linhas e, nas próximas semanas,disponibilizará financiamentos com prazos até 30 anos.



Notícia - Captação de recursos de poupança:

Poupança amplia incentivo

Caixa destinará mais recursos para setor habitacional em 2008 - A possibilidade de financiamento imobiliário a partir da captação dos recursos de poupança é, segundo o gerente regional da Caixa Econômica Federal (CEF), Roberto Zeni, um dos fatores que mais movimentam o mercado. A CEF, que abocanha a maior parcela dos financiamentos imobiliários realizados no país, até outubro de 2005 não operava com recursos oriundos de poupança, mas só com aqueles do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). 'Com a mudança, a classe média passou a acessar as linhas, o que antes não era possível', garante Zeni.
'A configuração do sistema hoje permite que as prestações, que ficaram com valores muito parecidos e até inferiores aos preços dos aluguéis, caibam no orçamento de faixas de renda bem variadas', completa o presidente do Banrisul, Fernando Lemos. A Caixa deve destinar a financiamentos imobiliários este ano R$ 14,3 bilhões, dos quais R$ 12,6 bilhões já foram investidos. Como o último trimestre em geral é de forte movimentação, Zeni diz que os valores podem ser superiores. Para 2008, a CEF sinaliza o incremento de R$ 145 bilhões que passarão pela instituição, com recursos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sendo R$ 106 bilhões destinados à habitação.

Nenhum comentário: