segunda-feira, 19 de novembro de 2007

As notícias de hoje, 19/11, são:

As notícias de hoje, 19/11, são:

Notícia - Crédito para baixa renda:
- Crédito facilitado cria novo mercado no Brasil

Notícia - Recursos de poupança para Crédito Imobiliário:
- Crédito imobiliário em outubro chega a 2 bi e renova recorde

Notícia - Inspiração no modelo mexicano:
- Modelo mexicano inspira propostas para mercado de baixa renda no Brasil

Notícia - Concorrência/ HSBC:
- EUA: HSBC pode anunciar perda com a crise habitacional

Notícia - Lucro dos bancos com crédito:
- Crédito engorda o lucro

Notícia - Financiamento na planta:
- Valorização pode compensar risco de comprar imóvel na planta


Notícia - Crédito para baixa renda:
Crédito facilitado cria novo mercado no Brasil
As construtoras estão trabalhando com prestações com valores a partir de R$ 199, para que o sonho da casa própria caiba no orçamento. O principal alvo são aqueles que ganham a partir de 3,5 salários mínimos e pagam aluguel.

Estabilidade econômica, juros em queda, instrumentos jurídicos consolidados (como alienação fiduciária e pagamento do valor principal devido mesmo em caso de briga judicial) e aumento de prazo dos financiamentos imobiliários (que já chegou a 30 anos) são alguns dos fatores que possibilitaram a expansão do mercado imobiliário não só fluminense, mas brasileiro. As mudanças começaram há quase uma década e hoje têm como resultado a redução da renda exigida para o financiamento.

Na Região Metropolitana do Rio, o número de lançamentos de imóveis avaliados entre R$ 100 mil e R$ 150 mil, teve, de janeiro a outubro, um incremento de 646% em relação aos lançamentos nessa faixa de preço em todo o ano de 2006. No nível até R$ 100 mil, os números de unidades já se equipararam aos do ano passado

Mas resta um desafio: para a população com renda até cinco salários mínimos, faixa que concentra 92% do déficit de 7,9 milhões de moradias do país, iniciativa privada e governos (federal, estadual e municipal) ainda estão esboçando um modelo.
Organização do Rio

A expansão da oferta de empreendimentos para as camadas de menor poder aquisitivo da população tem desencadeado uma discussão sobre o desenvolvimento urbano do Rio, principalmente, no que diz respeito às favelas. A principal questão é se o aumento de recursos e a melhoria das condições de financiamento poderão reduzir a densidade das favelas.

Especialistas se dividem quanto ao assunto, mas todos acreditam que a cidade vai melhorar.

Fonte: O Globo


Notícia - Recursos de poupança para Crédito Imobiliário:
Crédito imobiliário em outubro chega a 2 bi e renova recorde
Os recursos de poupança direcionados ao crédito imobiliário voltaram a bater recorde, chegando a 2 bilhões de reais em outubro -uma expansão de 142 por cento ante o mesmo período do ano passado, informou nesta quarta-feira a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

O resultado eleva o total neste ano a 14,2 bilhões de reais. Somando os últimos 12 meses, esse número salta para 15,95 bilhões de reais, um avanço de 81 por cento em relação ao intervalo anterior comparável, diz a entidade.

"Esse crescimento é ainda mais surpreendente que o do mês anterior (setembro) e foi puxado pela produção, pelos lançamentos pesados. Em novembro e dezembro, deve ser ainda melhor por causa do 13o salário", disse à Reuters o diretor-geral da Abecip, Osvaldo Fonseca.

Segundo ele, a estimativa para crédito imobiliário em 2007, que era de 12 bilhões de reais no começo do ano, já foi revisada para pelo menos 18 bilhões de reais após os surpreendentes resultados de setembro e outubro.

Em número de unidades, outubro contou com 20,5 mil financiamentos, o que elevou a 155,8 mil o acumulado do ano, alta de 69 por cento ante igual período de 2006.

Segundo Fonseca, este ano deve ter o maior número de unidades financiadas em quase 20 anos. Nos últimos 12 meses até outubro, o total é de 177,6 mil, ainda menor que a marca de 181,8 mil unidades financiadas em 1988.

Fonte: Globo Online (Maurício Savarese)


Notícia - Inspiração no modelo mexicano:
Modelo mexicano inspira propostas para mercado de baixa renda no Brasil
As classes média e média baixa já estão atendidas pelos modelos de financiamento e produtos que existem atualmente no mercado imobiliário, avaliam os especialistas. Para deslanchar o segmento de baixa renda, no entanto, ainda há muito a acertar — o que inclui estabelecer uma política de governo para habitação de interesse social, desburocratizar o crédito para construtores e consumidores e reduzir custos cartoriais.

O apetite da iniciativa privada (bancos, incorporadores e investidores) por esse segmento, no entanto, é crescente e tem levado à busca de soluções, a maioria delas inspiradas no modelo mexicano.

Uma comissão formada por empresários e representantes do governo do Estado do Rio esteve no México, na semana passada, estudando mecanismos de financiamento para habitação de população de baixa renda. O mesmo caminho já havia sido feito, em março e abril, pelo Sindicato da Indústria da Construção de São Paulo (SindusconSP), que realizará, no dia 23, um seminário justamente para debater alternativas para o déficit habitacional brasileiro a partir do "modelo tequila".

— Não dá para pegar o modelo mexicano e copiar para o Brasil. O que propomos é um "modelo caipirinha". Mas há muito o que aprender com a experiência do México, como o foco de recursos para a produção, a desburocratização do crédito e o fortalecimento do mercado de hipotecas — diz João Cláudio Robusti, presidente do Sinduscon-SP, destacando que as propostas a serem apresentadas são fruto de um estudo encomendado à FGV Projetos.

O secretário estadual de Fazenda, Joaquim Levy, que esteve na missão fluminense à Cidade do México semana passada, acredita que uma das lições é a quebra de paradigma entre financiamento e poupança: — Precisamos pensar, por exemplo, na padronização de recebíveis que possibilitem a venda de papéis no exterior, como acontece no México. É preciso uma mobilização rápida para que possamos aproveitar este momento do mercado.

Se buscamos inspiração no México, os mexicanos buscam oportunidades no Brasil. O Banco Azteca, especializado em crédito para baixa renda, mostrou interesse em financiar a compra de casa própria por aqui, conta o presidente do Sinduscon-Rio, Roberto Kauffmann: — Eles estão entrando no país pelo Nordeste, mas sugeri a eles que viessem para o Rio através do crédito imobiliário e já habilitados a operar com recursos do FGTS. Os executivos do Azteca mostraram grande interesse.

O modelo mexicano, de grandes empreendimentos no molde de bairros, inspirou a criação da Bairro Novo, uma parceria das construtoras Odebrecht e Gafisa.

A empresa pretende lançar grandes empreendimentos como bairros planejados. O primeiro será em São Paulo, com mais de duas mil unidades. Já há áreas compradas no Nordeste e no Rio, onde serão lançadas mais de cinco mil unidades.

— O foco são famílias com renda de cerca de 3,5 salários mínimos. Faremos prioritariamente apartamentos de dois quartos, na faixa dos R$ 60 mil, com toda a infra-estrutura — adianta Roberto Senna, presidente da Bairro Novo.

No Rio, a Dominus lançou, em parceira com a CR2, um condomínio em Alcântara com 4 mil unidades. Das 1.200 da primeira fase, lançada no fim de outubro, um terço já foi vendido.

— São unidades a partir de R$ 78 mil para um público-alvo com renda de R$ 2 mil — diz Marcelo Oliveira, gerente de incorporações da Dominus Para Rubem Vasconcelos, presidente da Patrimóvel Imobiliária, só não vai comprar apartamento quem não quiser: — A geração do aluguel, finalmente, vai poder comprar a casa própria. Nosso público está principalmente na faixa dos 35 e 40 anos, adquirindo seu primeiro imóvel.

É o perfil de Homero Moutinho Sobrinho, de 41 anos, que acaba de comprar um apartamento em Jacarepaguá.

— Antes, não conseguia conciliar o aluguel e as contas do dia-a-dia com as parcelas de imóvel na planta. Agora, deu. A prestação é de R$ 450 — conta.

As vendas nesse segmento, diz Rogério Chor, presidente da Ademi/RJ, são um sucesso: — A velocidade de venda dos empreendimentos nessa faixa é imbatível, mas não vamos deixar de ter lançamentos em outros patamares. O que acontece é que o mercado ampliou seus tentáculos.
Fonte: O Globo


Notícia - Concorrência/ HSBC:
EUA: HSBC pode anunciar perda com a crise habitacional
O HSBC Holdings, maior banco da Europa, deverá anunciar mais um grande golpe sonido como consequência da sua exposição à crise habitacional dos EUA, hoje, quando também deverá divulgar um relatório sobre os resultados do grupo. O banco havia agendado a divulgação dos resultados do terceiro trimestre do HSBC Finance, sua divisão de financiamento a consumidores, anteriormente chamada Household, e do HSBC USA para hoje, e agora deverá acrescentar comentários sobre as operações do grupo.

O relatório do HSBC normalmente é publicado no começo de dezembro. Um porta-voz negou que tenha sido antecipado, dizendo que jamais havia sido estipula da uma data para a sua divulgação. O banco, atualmente o maior banco não-chinês do mundo, após acentuadas quedas de preço no Citi e demais congêneres ocidentais nas semanas recentes, deverá elevar os seus encargos por depreciação sobre hipotecas dos EUA e afirmar que as condições lá continuam deteriorando.

"As dívidas em atraso do Mortgage Services aumentaram rapidamente e nossa expectativa é que a tendência se manterá", disse James Hutson, analista do Keefe, Bruyette & Woods. Os encargos por depreciação do HSBC Finance aumentaram para US$ 7 bilhões em 2006 e, segundo os analistas, este número dará um salto, para um valor situado entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões neste ano. A provisão da unidade era de pouco mais de US$ 2 bilhões no segundo trimestre.

Fonte: Valor Econômico




Notícia - Lucro dos bancos com crédito:
Crédito engorda o lucro
Os balanços do Bradesco, Itaú, Santander, ABN Amro Real e Unibanco mostram que o aumento da oferta de crédito não é apenas o principal fator da ampliação dos negócios, mas também o maior fator do aumento dos lucros dos bancos. Quando as taxas de juros declinarem mais, como se espera para 2008, é provável que a relação entre o volume total de crédito da economia brasileira e o Produto Interno Bruto (PIB) se aproxime da que se observa nas economias desenvolvidas, movidas por financiamentos e pela capitalização das empresas graças às emissões de ações e outros papéis privados.

No Bradesco, as operações de crédito aumentaram 27,01% na comparação entre os primeiros nove meses de 2006 e 2007, lideradas pelas pessoas físicas (+28,55%), e o lucro líquido cresceu 73,60%, passando de R$ 3,3 bilhões para R$ 5,8 bilhões. No Itaú, o volume da carteira de crédito aumentou 26,9% entre os meses de setembro de 2006 e 2007, enquanto o lucro líquido acumulado no ano atingiu R$ 6,4 bilhões, contra R$ 4,8 bilhões no mesmo período de 2006. No Unibanco Holdings, o lucro líquido dos primeiros três trimestres chegou a R$ 2,6 bilhões, 123% acima do apurado em igual período do ano passado, e os empréstimos evoluíram 29% em relação a setembro de 2006. Na soma do Santander com o ABN Amro Real, o lucro foi de R$ 5,7 bilhões e os ativos perfizeram R$ 278 bilhões. Mas o Real destacou-se ao ampliar em 31% a carteira de crédito, na comparação entre os terceiros trimestres de 2006 e de 2007.

Nas demonstrações financeiras com dados até o 3º trimestre, constatou-se que a expansão do crédito atingiu, em média, 25%, segundo estimativas da consultoria Austin Asis. Esse porcentual é seis vezes superior ao da inflação oficial acumulada de 4,12%.

Os saldos de operações com recursos livres, que respondem por 70,2% do estoque total de crédito, aumentaram 31,5% para as pessoas físicas. Em 12 meses, até setembro, as modalidades que mais cresceram foram o crédito consignado (+36,3%) e o leasing (+70%). Nestas linhas, respectivamente, os juros são módicos e há vantagens fiscais, sendo muito baixos os índices de inadimplência, que no passado atemorizavam os bancos.

Os balanços dos bancos mostram que eles ganham tanto com a alta como com a queda dos juros. Juros reais ainda muito elevados, como ocorre no Brasil, fortalecem as receitas das operações de tesouraria, que no Itaú aumentaram 39,5% em 12 meses. E a redução que já houve nos juros explica o crescimento dos empréstimos, pois cai o valor das prestações como proporção da renda dos tomadores.

Como a diferença entre o custo de captação e de aplicação de recursos ainda é alta (o spread médio é de 24,6% ao ano e chegou a 35% nas operações com pessoas físicas, segundo o Banco Central), a queda dos juros ajudou as instituições, que operam em ritmo cada vez maior. Com o aumento da demanda por recursos, o chamado crédito direcionado também cresceu 16,39%, em 12 meses, até setembro, com destaque para a habitação (+23,29%), repasses do BNDES (+22,06%) e o rural (+19,47%). Isso é reflexo do vigor do segmento imobiliário e da demanda das empresas que buscam recursos para investimentos e para o aumento da produção agropecuária.

Para ampliar a oferta de crédito e criar condições para a aceleração da queda dos juros dos empréstimos, o Banco Central terá de reduzir, tão logo quanto possível e afastadas apreensões com a inflação, os depósitos compulsórios. O aumento da liquidez levaria os bancos a aumentar a oferta de créditos com juros menores.

Os balanços mostram que os bancos privados continuam crescendo mais do que os bancos públicos. Cresceram as operações do BNDES e o governo quer aumentar o peso do Banco do Brasil (BB), mediante a incorporação dos Bancos Besc, de Santa Catarina, Regional de Brasília (BRB) e do Piauí. Mas os ativos das cinco maiores instituições privadas cresceram 41% entre 2006 e 2007 e já superam R$ 1 trilhão, três vezes o volume de ativos do BB registrado no balanço de junho (R$ 333 bilhões).

Fonte: Estadão


Notícia - Financiamento na planta:
Valorização pode compensar risco de comprar imóvel na planta
Longe de ser um sonho, nunca foi tão fácil tornar a casa própria uma realidade. Com a ampliação da oferta de crédito e a queda das taxas de juros, comprar um imóvel pode ser uma opção atraente - em especial, se comprado na planta.

Do lançamento à entrega das chaves, o imóvel tem valorização, em média, de 20% a 25%, segundo Fabio Rossi, diretor de marketing do Secovi (sindicato das empresas de habitação) e da Itaplan Imóveis.

Isso significa que o comprador paga até 25% mais barato do que pagaria por um imóvel pronto. "Em geral, todos os lançamentos têm uma fase inicial em que há melhores condições para o cliente, de prazos de pagamento, de financiamento em torno de 80% do valor do imóvel", diz Rossi.

É preciso, no entanto, planejamento e muito cuidado. "Boa parte dessa valorização é a eliminação do risco. O que o cliente está comprando é a promessa de receber um imóvel", adverte o professor de finanças da USP Rafael Paschoarelli. "A compra é vantajosa financeiramente desde que o imóvel saia", diz.

Saiba como minimizar os riscos

Para os especialistas, a compra de um imóvel na planta compensa financeiramente quando comparada à de outro já pronto. Como investimento, no entanto, fica a desejar.

"Realmente não é o melhor investimento", diz Carlos Alberto Ercolin, diretor financeiro da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac). Um imóvel na planta tem liquidez baixa – o que significa que o comprador fica engessado e terá dificuldade em vendê-lo caso precise do dinheiro investido.

"Além disso, a pessoa freqüentemente esquece de que tem outros gastos colaterais, IPTU, condomínio. De tempos em tempos, também tem que investir numa reforma", diz Ercolin.

Fonte: G1- Globo Online

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